Qual a mulher que não sonha ser desejada por dois homens ao mesmo tempo? E, melhor ainda, por dois homens bonitos, malhados, carinhosos e muito bons de cama?
Agora eu estava entre os dois, sentindo eles se digladiando dentro de mim. Seus corpos fortes estavam me esmagando de prazer.
O rapaz que ficou por baixo me diz palavras que me dão mais tesão ainda – Vai sua vagabunda safada, mexe mais gostoso essa bunda, vai, mexe, você é muito gostosa, é um tesão como nunca vi – eu sabia que, por sua vasta experiência no assunto, eram coisas que ele devia falar para toda mulher. Além disso, fazia parte da situação.
Numa situação em que a mulher está no meio de uma transa e todos com muito tesão, se um dos homens a chama de puta, isto para ela é excitante e de certa forma até um elogio pelo seu desempenho. Mas se ela está passando na rua e um desconhecido diz que ela parece uma puta, isto é uma ofensa.
Ele me chamava de gostosa e eu me sentia poderosa. Ele me chamava de princesa e eu me sentia a própria. Ele me chamava de puta e eu me sentia a maior vagabunda. A cada elogio pelo meu desempenho, eu me sentia a única. O calor ia aumentando, aumentando, e eu já estava chegando no ponto de me derreter toda naqueles caralhos, e sentia que dali a pouco ia começar a gozar.
Meu cu se tornava mais receptivo e a penetração anal, mais prazerosa e fácil para o outro que estava sobre minhas costas, socando o pau na minha bunda num ritmo forte.
Para mim é até interessante admitir, mas hoje a penetração anal não é mais nem um pouco dolorida. Aprendi como fazer e ela se tornou prazerosa. Não consigo mais imaginar uma boa trepada sem o complemento de um gostoso anal.
Ontem mesmo, gravei um vídeo num motel ensinando a fazer sexo anal. E o interessante é que eu estava sozinha! Só eu e minha nova câmera, que acabei de comprar. Tive que me virar para filmar e atuar. Mas deu tudo certo e ficou muito excitante.
No vídeo eu ensino a dar o cuzinho bem gostoso, sem sentir dor, e, para ilustrar melhor a “aula”, eu uso um consolo preto, que enfio com vontade na minha bunda...
Eu já não conseguia distinguir mais onde estava. Sentia a onda do orgasmo formando-se dentro de mim. Ela ia vir intensa, enorme, demorada, e eu já me preparava para traduzir todo esse prazer em gritos, quando ouvimos:
– Corta!
Era o diretor ordenando o encerramento da nossa última cena do dia no estúdio, ao mesmo tempo em que olhava para o câmera e os auxiliares da iluminação.
A câmera foi desligada. Os refletores apagados. Ficaram apenas as luzes de serviço. Mas nós três continuamos trepando na penumbra do estúdio, como se aquela ordem não fosse para a gente – Paulinho, não para não, mete com força no meu cuzinho, vai, me arromba, faz rápido que eu quero gozar!
Eu gritava quase fora de mim, louca de tesão, para o rapaz que estava por cima. O clímax era tão intenso que o verdadeiro motivo pelo qual estávamos ali, gravar uma cena de um dos mais de 200 e tantos vídeos pornô que fiz, já não importava mais.
Assim como não importavam mais os olhares de aprovação da equipe vendo a nossa “dedicação à arte”. E, como me contaram depois, a cara embasbacada da moça do cafezinho, uma senhora dos seus 50 e tantos anos, que nunca ficou tão envergonhada, mas disfarçadamente e discretamente, gostou muito do que viu.
Naquele dia, tudo o que eu e aqueles dois atores queríamos era dar uma grande, gostosa e prazerosa gozada, tirando tudo daquele momento altamente erótico que estávamos vivendo e que, pelo menos para mim, era diferente dos outros.
Muita gente que costuma assistir vídeos pornô acha que para nós as cenas de sexo são muito repetitivas, mas isto não é verdade. Cada cena tem uma atmosfera, um astral, uma situação própria. E contém muitos outros acontecimentos. Antes e depois das cenas em si.
Por, Morgana Dark – extraído do seu livro Feitiço de Eros